quarta-feira, 17 de novembro de 2010

AMOR

Quanto mais o tempo vai passando, mais eu fico confusa. Essa história de amor.. O que é o amor?
Quando eu era mais nova, achava que amor era aquele sentimento puro, que eu via e sentia pela minha mãe, pelo meu pai, pelo meu irmão. Depois eu tive um namoradinho. Nem beijei não. Só lanchava junto todo dia na escola. E mamãe me perguntava: filha, você ama o fulano? Daí com toda aquela pressão, eu respondia que sim. Depois o tal amor mudou-se de escola e tchau, nunca mais o vi. Depois vieram outros amorezinhos desse tipo. Até o dia em que eu beijei. OOOOh, isso meio que mudou a minha vida. Porque cara, eu beijei. Ta entendendo?  E pensei que esse fulano, seria o tal amor eterno. Nada! Tudo coisa de novela das 8. Brigamos e nunca mais nos vimos. Até que nos vimos, mas não nos "amamos" mais. E tipo, eu beijei mais alguns, não muitos, mas beijei.. E nada daquilo que as pessoas falavam. Eu tinha uma amiga que dizia: Ah, quando eu beijo meu namorado, me dá um friozinho na barriga.   Aí quando eu ia beijar alguém eu ficava esperando o friozinho vir. Até vinha. Mas era um friozinho de apreensão, de medo de meus pais descobrirem que eu já fazia isso. Depois de um tempo, comecei a namorar em casa. Aí sim foi o fracasso geral. Meio que calamidade. Porque além de não sentir porcaria nenhuma de frio, eu sentia muita raiva, as vezes. Pela desconfiança, pelas brigas idiotas. E o amor? O amor eu sentia pelos meus pais e irmão.  É meio insensível, mas é sincero, cara... E quando eu pensei que estava amando, .. Eu podia estar até amando, mas não era amada; o que se torna mais massacrante ainda.
Outro dia eu estava lendo uma revista científica que dizia mais ou menos assim.. Dizia que o amor é formado por duas palavras. O A - que indica uma negação e o MOR - que seria o prefixo de morte. E daí o artigo dizia que o amor nada mais é do que a negação da morte. É aquilo que vivifica. Que traz ou faz continuar a vida. Em parte, o artigo está correto. Ou melhor, ele está todo correto. Mas o que eu não concordo é que eu não consegui encontrar essa coisa toda - fora do meu lar.
E assim, eu sei que estou nova.. Eu sei disso. Se eu fosse minha amiga e estivesse lendo ou ouvindo isso, eu diria que meu tempo vai chegar.
Mas num tem... Tipo, eu meio que desacredito nisso.. As pesquisas revelam que os divórcios vêm aumentando mais e mais. Mais ainda dos que os casamentos que vêm sendo realizados. E eu não quero namorar para namorar. Quero namorar para amar. Mas como?  Se nada está certo para mim..
Eu converso com minha vó e ela sempre diz que eu tenho sim que ter alguém. Nem que seja para cuidar de mim na velhice. Mas a velhice está tão longe vó. Até lá vou ter mesmo que engolir sapos? Não seria mais fácil se eu fosse, ao longo da vida, pagando um auxílio-idoso, numa dessas boas casas de repouso?
Sabe aquela história, aquela amiga que você tem, que está com alguém só para não estar sozinha? Pô. Não consigo ser assim não..
E se algum dia eu conseguir encontrar alguém e me casar.. Eu quero um presente! Uma caixinha e lá dentro um papel dobrado escrito: Tolerância, paciência, fé e coragem.  Esse presente, talvez, faria com que eu olhasse para o meu par e não dissesse: Cara, vaza!

É mais ou menos assim.. Com mais um pouco de intensidade; coisa que a escrita não capta. Beijos

Um comentário:

Ian Alves disse...

Um dia eu queria me casar com uma mulher assim. xD