tag:blogger.com,1999:blog-74159424609541447922024-03-19T09:03:21.249-04:00T CEscrever para não implodir. Escrever para explodir o resto.tassihttp://www.blogger.com/profile/08921296930822767906noreply@blogger.comBlogger278125tag:blogger.com,1999:blog-7415942460954144792.post-7737336211690102802011-05-09T11:59:00.000-04:002011-05-09T11:59:47.957-04:00Aos afetos que perduram<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Existem?</div>tassihttp://www.blogger.com/profile/08921296930822767906noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7415942460954144792.post-91066496833832041962011-05-04T12:14:00.001-04:002011-05-04T12:15:29.019-04:00Aniversário<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
No TEMPO em que festejavam o dia dos meus anos,<br />
<br />
Eu era feliz e ninguém estava morto.<br />
Na casa antiga, até eu fazer anos era uma tradição de há séculos,<br />
E a alegria de todos, e a minha, estava certa com uma religião qualquer.<br />
No TEMPO em que festejavam o dia dos meus anos,<br />
Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma,<br />
De ser inteligente para entre a família,<br />
E de não ter as esperanças que os outros tinham por mim.<br />
Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças.<br />
Quando vim a olhar para a vida, perdera o sentido da vida.<br />
Sim, o que fui de suposto a mim-mesmo,<br />
O que fui de coração e parentesco.<br />
O que fui de serões de meia-província,<br />
O que fui de amarem-me e eu ser menino,<br />
O que fui — ai, meu Deus!, o que só hoje sei que fui...<br />
A que distância!...<br />
(Nem o acho...)<br />
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!<br />
O que eu sou hoje é como a umidade no corredor do fim da casa,<br />
Pondo grelado nas paredes...<br />
O que eu sou hoje (e a casa dos que me amaram treme através das minhas lágrimas),<br />
O que eu sou hoje é terem vendido a casa,<br />
É terem morrido todos,<br />
É estar eu sobrevivente a mim-mesmo como um fósforo frio...<br />
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...<br />
Que meu amor, como uma pessoa, esse tempo!<br />
Desejo físico da alma de se encontrar ali outra vez,<br />
Por uma viagem metafísica e carnal,<br />
Com uma dualidade de eu para mim...<br />
Comer o passado como pão de fome, sem tempo de manteiga nos dentes!<br />
Vejo tudo outra vez com uma nitidez que me cega para o que há aqui...<br />
A mesa posta com mais lugares, com melhores desenhos na loiça, com mais copos,<br />
O aparador com muitas coisas — doces, frutas o resto na sombra debaixo do alçado —,<br />
As tias velhas, os primos diferentes, e tudo era por minha causa, <br />
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...<br />
Pára, meu coração!<br />
Não penses! Deixa o pensar na cabeça!<br />
Ó meu Deus, meu Deus, meu Deus!<br />
Hoje já não faço anos. Duro.<br />
Somam-se-me dias.<br />
Serei velho quando o for.<br />
Mais nada.<br />
Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira!...<br />
<br />
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!...<br />
<br />
Fernando Pessoa.<br />
<br />
<br />
07/05 meu aniversário. 07/05 sábado. 07/05 18 anos. 07/05 aula de 07:00 à 12:30. E de 14:00 às 17:30. Obrigada!<br />
<br /></div>tassihttp://www.blogger.com/profile/08921296930822767906noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7415942460954144792.post-35097677846427679572011-04-11T12:25:00.000-04:002011-04-11T12:25:32.880-04:00Um tempo e fim<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Acho que desaprendi a escrever aqui. Mas eu vou aproveitar esse tempinho que arrumei hoje (não vou almoçar, ok?).<br />
Primeiro eu quero deixar bem claro que eu sinto muuuuita falta daquela turminha que eu tinha o ano passado na escola, que eu sinto falta das coisas infantis que eu podia fazer, estilo: posso cantar uma música? (ai que saudade de cantar uma música "idiota" pra alguém.) Porque agora, tá tudo diferente. Primeiro que eu tenho 29 professores pela manhã (fora os das discursivas) e segundo que cara, eu não tenho tempo pra isso.<br />
Também queria esclarecer que eu sinto falta do blog. Principalmente de desabafar. Eu sinto falta de pedir pra minha mãe sentar na cama pra eu contar o que ocorreu no dia. Eu sinto falta da minha mãe. <br />
Também queria dizer que eu cresci. De tomar bebida para maiores. E isso não foi legal. Mas eu gostei.<br />
Eu queria dizer, Ian, que eu quero ir sim no cinema com você; mas por favor, me entenda... vou te explicar... Eu tenho meu sábado (somente a tarde) para dormir (e ainda assim, faço unha às 15:00, porque pela manhã eu tenho aula) então, as horas que você me chama pra sair, são as horas que eu desejosamente, estou dormindo. Entende? Mas eu sinto muita falta de você.<br />
Eu também quero deixar registrado meus momentos de raiva: o que é minha vida de estudante em biologia? Gente do céu, aquele cara não passou nada pra nossa sala. Pra não generalizar, eu reconheço que ele passou genética e sistemas pra gente. E SÓ. Isso na biologia não é nem 20%. E eu, tenho que estudar biologia mais do que todo mundo. Parece até que bio é minha discursiva. (Abigail, eu tenho muita pena de você que vai fazer essa discur. Mas você é capaz, amiga. Vibrações positivas!!)<br />
Quero dizer também que, de 198 alunos, da minha sala, apenas TRÊS farão pra Letras. Ok, ok.<br />
Quero dizer também que eu tenho um professor de literatura aqui que é o cara. Muuuuuuito sabe tudo, sabe? Então... E ele me disse uma coisa sobre o arcadismo que eu fiquei meio assim. Ele me disse sobre Fugere Urbem, Carpe Diem e Aurea Mediocritas... Carpe Diem eu já havia estudado... Agora os outros dois eu nunca tinha nem ouvido falar (e olha que eu estudei arcadismo sozinha, com a ajuda de alguns livros didáticos e TODOS não me apresentaram isso.)<br />
Preciso dizer que aqui, pela manhã, não tem dessa de separação de professores e alunos (digo no âmbito sexual), é uma suruba. Exceto os casados. 5 de 29 (quase nenhum exageiro). Mas é todo mundo muito profissional. Quando tem que ser. <br />
Vocês tem que saber de uma coisa... Eu sempre quis saber o porquê de tudo. Tipo, porque que casa (aquilo que eu vou pra dormir e tomar banho) se chama casa.. sabe? de querer saber como que os objetos têm nomes, cara... Porque que eu não chamo caneta de dente e dente de caneta... E cara... eu fiquei sabendo que tudo tem o porquê (ta... eu sabia que havia, mas não sabia que tinha como saber, sabe? rs) e bixo, tem!<br />
Eu até fiz um post há uns meses... Sobre amor. Que seria a (negação) e mor (prefixo de morte), sabe? Negar a morte! Reviver!! Eu procurei essa palavra na época... A origem... E ai, meus camaradas, eu descobri que tem como a gente saber de todas as palavras... E o melhor: me disseram que eu vou ver isso na faculdade, digo, ano que vemamémsenhor.<br />
É isso e fim.</div>tassihttp://www.blogger.com/profile/08921296930822767906noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7415942460954144792.post-69492712921029273462011-03-31T12:02:00.000-04:002011-03-31T12:02:02.472-04:00Mais legal ainda:<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
National (no latim) / Nacional (no português)<br />
<br />
Direvações do verbo ter: conter, obter, deter, reter, manter,...<br />
Então será: contenção, obtenção, detenção retenção, manutenção,... <br />
<br />
Sacou? Sacou??<br />
NaTional (daí você vai lembrar do verbo ter, meu filho) e quando for escrever suas variações não terá<br />
dúvida pois você, obrigatoriamente, lembrará de naCional e colocará com ç, sacou? :) <br />
<br />
</div>tassihttp://www.blogger.com/profile/08921296930822767906noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7415942460954144792.post-15409751519999465942011-03-30T13:15:00.000-04:002011-03-30T13:15:11.491-04:00Olha que legal!<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<span style="color: #8e7cc3;">CED</span>ER - Pressão<br />
A<span style="color: #8e7cc3;">GRED</span>IR - Agressão<br />
O<span style="color: #8e7cc3;">PRIM</span>IR - Opressão<br />
COMPRO<span style="color: #8e7cc3;">METER</span> - Compromisso<br />
OMI<span style="color: #8e7cc3;">TIR</span> - Omissão<br />
<br />
Os verbos que apresentarem essas letras, nessa ordem, é óbvio, vão ser sempre escritos com dois ésses. <br />
<br />
COMPREE<span style="color: #8e7cc3;">ND</span>ER - Compreensão<br />
ASPE<span style="color: #674ea7;">RG</span>IR - Aspersão<br />
<br />
Os que apresentarem ND e RG, serão sempre grafados com um ésse só.</div>tassihttp://www.blogger.com/profile/08921296930822767906noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7415942460954144792.post-55426079507990192482011-03-18T13:36:00.000-04:002011-03-18T13:36:04.496-04:00Noite De Almirante<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Deolindo Venta-Grande (era uma alcunha de bordo) saiu do arsenal de marinha e enfiou pela rua de Bragança. Batiam três horas da tarde. Era a fina flor dos marujos e, de mais, levava um grande ar de felicidade nos olhos. A corveta dele voltou de uma longa viagem de instrução, e Deolindo veio à terra tão depressa alcançou licença. Os companheiros disseram-lhe, rindo:<br />
<br />
<br />
- Ah! Venta-Grande! Que noite de almirante vai você passar! Ceia, viola e os braços de Genoveva. Colozinho de Genoveva...<br />
<br />
Deolindo sorriu. Era assim mesmo, uma noite de almirante, que o esperava em terra. Começara a paixão três meses antes de sair a corveta. Chamava-se Genoveva, caboclinha de vinte anos, esperta, olho negro e atrevido. Encontraram-se em casa de terceiro e ficaram morrendo um pelo outro, a tal ponto que estiveram prestes, a dar uma cabeçada, ele deixaria o serviço e ela o acompanharia para a vila mais recôndita do interior.<br />
<br />
A velha Inácia, que morava com ela, dissuadiu-os disso; Deolinda não teve remédio senão seguir em viagem de instrução. Eram oito ou dez meses de ausência. Como fiança recíproca, entenderam dever fazer um juramento de fidelidade.<br />
<br />
— Juro por Deus que está no céu. E você?<br />
<br />
— Eu também.<br />
<br />
— Diz direito.<br />
<br />
— Juro por Deus que está no céu; a luz me falte na hora da morte.<br />
<br />
Estava celebrado o contrato. Não havia descrer da sinceridade de ambos; ela chorava doudamente, ele mordia o beiço para dissimular. Afinal separaram-se, Genoveva foi ver sair a corveta e voltou para casa com um tal aperto no coração que parecia que "lhe ia dar uma cousa". Não lhe deu nada, felizmente; os dias foram passando, as semanas, os meses, dez meses, ao cabo dos quais, a corveta tornou e Deolindo com ela.<br />
<br />
Lá vai ele agora, pela rua de Bragança, Prainha e saúde, até o princípio da Gamboa, onde mora Genoveva. A casa é uma rotulazinha escura, portal rachado do sol, passando o Cemitério dos Ingleses; lá deve estar Genoveva, debruçada à janela, esperando por ele. Deolindo prepara uma palavra que lhe diga. Já formulou esta: "Jurei e cumpri", mas procura outra melhor. Ao mesmo tempo lembra as mulheres que viu por esse mundo de Cristo, italianas, marselhesas ou turcas, muitas delas bonitas, ou que lhe pareciam tais. Concorda que nem todas seriam para os beiços dele, mas algumas eram, e nem por isso fez caso de nenhuma. Só pensava em Genoveva. A mesma casinha dela, tão pequenina, e a mobília de pé quebrado, tudo velho e pouco, isso mesmo lhe lembrava deante dos palácios de outras terras. Foi à custa de muita economia que comprou em Trieste um par de brincos, que leva agora no bolso com algumas bugigangas. E ela que lhe guardaria? Pode ser que um lenço marcado com o nome dele e uma âncora na ponta, porque ela sabia marcar muito bem. Nisto chegou à Gamboa, passou o cemitério e deu com a casa fechada. Bateu, falou-lhe uma voz conhecida, a da velha Inácia, que veio abrir-lhe a porta com grandes exclamações de prazer. Deolindo, impaciente, perguntou por Genoveva.<br />
<br />
— Não me fale nessa maluca, arremeteu a velha. Estou bem satisfeita com o conselho que lhe dei. Olhe lá se fugisse. Estava agora como o lindo amor.<br />
<br />
— Mas que foi? Que foi?<br />
<br />
A velha disse-lhe que descansasse, que não era nada, uma dessas cousas, que aparecem na vida; não valia a pena zangar-se. Genoveva andava com a cabeça virada...<br />
<br />
— Mas virada por que?<br />
<br />
— Está com um mascate, José Diogo. Conheceu José Diogo, mascate de fazendas? Está com ele. Não imagina a paixão que eles têm um pelo outro. Ela então anda maluca. Foi o motivo da nossa briga José Diogo não me saía da porta; eram conversas e mais conversas, até que eu um dia disse que não queria a minha casa difamada. Ah! Meu pai do céu! foi um dia de juízo. Genoveva investiu para mim com uns olhos deste tamanho, dizendo que nunca difamou ninguém e não precisava de esmolas. — Que esmolas, Genoveva? O que digo é que não quero esses cochichos à porta, desde as aves- marias... Dous dias depois estava mudada e brigada comigo.<br />
<br />
— Onde mora ela?<br />
<br />
— Na praia Formosa, antes de chegar à pedreira, uma rótula pintada de novo.<br />
<br />
Deolindo não quis ouvir mais nada. A velha Inácia, um tanto arrependida, ainda lhe deu avisos de prudência, mas ele não os escutou e foi andando. Deixo de notar o que pensou em todo o caminho; não pensou nada. As idéias marinhavam-lhe no cérebro, como em hora de temporal, no meio de uma confusão de ventos e apitos. Entre elas rutilou a faca de bordo, ensangüentada e vingadora. Tinha passado a Gamboa, o Saco do Alferes, entrara na praia Formosa. Não sabia o número da casa, mas era perto da pedreira, pintada de novo, e com auxilio da vizinhança poderia achá-la. Não contou com o acaso que pegou de Genoveva e fê-la sentar à janela, cosendo, no momento em que Deolindo ia passando. Ele conheceu-a e parou; ela vendo o vulto de um homem, levantou os olhos e deu com o marujo.<br />
<br />
— Que é isso? exclamou espantada. Quando chegou? Entre, seu Deolindo.<br />
<br />
E, levantando-se, abriu a rótula e fê-lo entrar. Qualquer outro homem ficaria alvoroçado de esperanças, tão francas eram as maneiras da rapariga; podia ser que a velha se enganasse ou mentisse; podia ser mesmo que a cantiga do mascate estivesse acabada. Tudo isso lhe passou pela cabeça, sem a forma precisa do raciocínio ou da reflexão, mas em tumulto e rápido. Genoveva deixou a porta aberta, fê-lo sentar-se, pediu-lhe notícias da viagem e achou-o mais gordo; nenhuma comoção nem intimidade. Deolindo perdeu a última esperança. Em falta de faca, bastavam-lhe as maõs para estrangular Genoveva, que era um pedacinho de gente, e durante os primeiros minutos não pensou em outra cousa.<br />
<br />
— Sei tudo, disse ele.<br />
<br />
— Quem lhe contou?<br />
<br />
Deolindo levantou os ombros.<br />
<br />
— Fosse quem fosse, tornou ela, disseram-lhe que eu gostava muito de um moço?<br />
<br />
— Disseram.<br />
<br />
— Disseram a verdade.<br />
<br />
Deolindo chegou a ter um ímpeto; ela fê-lo parar só com a ação dos olhos. Em seguida disse que, se lhe abrira a porta, é porque contava que era homem de juízo. Contou-lhe então tudo, as saudades que curtira, as propostas do mascate, as suas recusas, até que um dia, sem saber como, amanhecera gostando dele.<br />
<br />
— Pode crer que pensei muito e muito em você. Sinhá Inácia que lhe diga se não chorei muito... Mas o coração mudou... Mudou... Conto-lhe tudo isto, como se estivesse diante do padre, concluiu sorrindo.<br />
<br />
Não sorria de escárnio. A expressão das palavras é que era uma mescla da candura e cinismo, de insolência e simplicidade, que desisto de definir melhor. Creio até que insolência e cinismo são mal aplicados. Genoveva não de defendia de um erro ou de um perjúrio; não se defendia de nada; faltava-lhe o padrão moral das ações. O que dizia, em resumo, é que era melhor não ter mudado, dava-se bem com a afeição do Deolindo, a prova é que quis fugir com ele; mas, uma vez que o mascate venceu o marujo, a razão era do mascate, e cumpria declará-lo. Que vos parece? O pobre marujo citava o juramento de despedida, como uma obrigação eterna, diante da qual consentira em não fugir e embarcar: "Juro por Deus que está no céu; a luz me falte na hora da morte". Se embarcou, foi porque ela lhe jurou isso. Com essas palavras é que andou, viajou, esperou e tornou; foram elas que lhe deram a força de viver. Juro por Deus que está no céu; a luz a luz me falte na hora da morte..<br />
<br />
— Pois, sim, Deolindo, era verdade. Quando jurei, era verdade. Tanto era verdade que eu queria fugir com você para o sertão. Só Deus sabe se era verdade! Mas vieram outras cousas... Veio este moço e eu comecei a gostar dele...<br />
<br />
— Mas a gente jura é para isso mesmo; é para não gostar de mais ninguém...<br />
<br />
— Deixa disso, Deolindo. Então você só se lembrou de mim? Deixa de partes... <br />
<br />
— A que horas volta José Diogo?<br />
<br />
— Não volta hoje.<br />
<br />
— Não?<br />
<br />
— Não volta; está lá para os lados de Guaratiba com a caixa; deve voltar sexta-feira ou sábado... E por que é que você quer saber? Que mal lhe fez ele?<br />
<br />
Pode ser que qualquer outra mulher tivesse egual palavra; poucas lhe dariam uma expressão tão cândida, não de propósito, mas involuntariamente. Vede que estamos aqui muito próximos da natureza. Que mal lhe fez ele? Que mal lhe fez está pedra que caiu de cima? Qualquer mestre da física lhe explicaria a queda das pedras. Deolindo declarou, com um gesto de desespero, que queria matá-lo. Genoveva olhou para ele com desprezo, sorriu de leve e deu um muxoxo, e, como ele lhe falasse de ingratidão e perjúrio, não pode disfarçar o pasmo. Que perjúrio? que ingratidão? Já lhe tinha dito e repetia que quando jurou era verdade. Nossa Senhora, que ali estava, em cima da cômoda, sabia se era verdade ou não. Era assim que lhe pagava o que padeceu? E ele que tanto enchia a boca de fidelidade, tinha-se lembrado dela por onde andou?<br />
<br />
A resposta dele foi meter a mão no bolso e tirar o pacote que lhe trazia. Ela abriu-o, aventou as bugigangas, uma por uma, e por fim deu com os brincos. Não eram nem poderiam ser ricos; eram mesmo de mau gosto, mas faziam uma vista de todos os diabos. Genoveva pegou deles, contente, deslumbrada, mirou-os por um lado e outro, perto e longe dos olhos, e afinal enfiou-os nas orelhas; depois foi ao espelho de pataca, suspenso na parede, entre a janela e a rótula, para ver o efeito que lhe faziam. Recuou, aproximou-se, voltou a cabeça da direita para a esquerda e da esquerda para a direita.<br />
<br />
— Sim, senhor, muito bonitos, disse ela, fazendo uma grande mesura de agradecimento. Onde é que comprou?<br />
<br />
Creio que ele não respondeu nada, não teria tempo para isso, porque ela disparou mais duas ou três perguntas, uma atrás da outra, tão confusa estava de receber um mimo a troco de um esquecimento. Confusão de cinco ou quatro minutos; pode ser que dous. Não tardou que tirasse os brincos, e os contemplasse e pusesse na caixinha em cima da mesa redonda que estava no meio da sala. Ele pela sua parte começou a cré que, assim como a perdeu, estando ausente, assim o outro, ausente, podia também perdê-la; e, provavelmente, ela não lhe jurara nada.<br />
<br />
— Brincando, brincando, é noite, disse Genoveva.<br />
<br />
Com efeito, a noite ia caindo rapidamente. Já não podiam ver o hospital dos Lázaros e mal distinguiam a ilha dos Melões; as mesmas lanchas e canoas, postas em seco, defronte da casa, confundiam-se com a terra e o lado da praia. Genoveva acendeu uma vela. Depois foi sentar-se na soleira da porta e pediu-lhe que contasse alguma cousa das terras por onde andara. Deolindo recusou a princípio; disse que se ia embora, levantou-se e deu alguns passos na sala. Mas o demônio da esperança mordia e babujava o coração do pobre diabo, e ele voltou a sentar-se, para dizer duas ou três anedotas de bordo. Genoveva escutava com atenção. Interrompidos por uma mulher da vizinhança, que ali veio, Genoveva fê-la sentar-se também para ouvir "as bonitas histórias que o Senhor Deolindo estava contando". Não houve outra apresentação. A grande dama que prolonga a virgília para concluir a leitura de um livro ou de um capítulo, não vive mais intimamente a vida dos personagens do que a antiga amante do marujo vivia as cenas que ele ia contando, tão livremente interessada e presa, como se entre ambos não houvesse mais que uma narração de episódios. Que importa à grande dama o autor do livro? Que importava a esta rapariga o contador dos episódios?<br />
<br />
A esperança, entretanto, começava a desampará-lo e ele levantou-se definitivamente para sair. Genoveva não quis deixá-lo sair antes que a amiga visse os brincos, e foi mostrar-lhos com grandes encarecimentos. A outra ficou encantada, elogiou-os muito, perguntou se os comprara em França e pediu a Genoveva que os pusesse.<br />
<br />
— Realmente, são muito bonitos.<br />
<br />
Quero crer que o próprio marujo concordou com essa opinião. Gostou de os ver, achou que pareciam feitos para ela e, durante alguns segundos, saboreou o prazer exclusivo e superfino de haver dado um bom presente; mas foram só alguns segundos.<br />
<br />
Como ele se despedisse, Genoveva acompanhou-o até a porta para lhe agradecer ainda uma vez o mimo, e provavelmente dizer-lhe algumas cousas meigas e inúteis. A amiga, que deixara ficar na sala, apenas lhe ouviu esta palavra: "Deixa disso Deolindo"; e esta outra do marinheiro: "Você vera". Não poude ouvir o resto, que não passou de um sussurro.<br />
<br />
Deolindo seguiu, praia fora cabisbaixo e lento, não já o rapaz impetuoso da tarde, mas com um ar de velho e triste, ou, para usar outra metáfora de marujo, como um homem "que vai do meio caminho para a terra". Genoveva entrou logo depois, alegre e barulhenta. Contou à outra a anedota dos seus amores marítimos, gabou muito o gênio de Deolindo e os seus bonitos modos; a amiga declarou achá-lo grandemente simpático.<br />
<br />
— Muito bom rapaz, insistiu Genoveva. Sabe o que ele me disse agora?<br />
<br />
— Que foi?<br />
<br />
— Que vai matar-se.<br />
<br />
— Jesus!<br />
<br />
— Qual o quê! Não se mata, não. Deolindo é assim mesmo; diz as cousas, mas não faz. Você verá que não se mata. Coitado, são ciúmes. Mas os brincos são muitos engraçados.<br />
<br />
— Eu aqui ainda não vi destes.<br />
<br />
— Nem eu, concordou Genoveva, examinando-os à luz. Depois guardou-os e convidou a outra a coser. — Vamos coser um bocadinho, quero acabar o meu corpinho azul...<br />
<br />
A verdade é que o marinheiro não se matou. No dia seguinte, alguns dos companheiros bateram-lhe no ombro, cumprimentando-o pela noite de almirante, e pediram-lhe notícias de Genoveva, se estava mais bonita, se chorara muito na ausência, etc. Ele respondia a tudo com um sorriso satisfeito e discreto, um sorriso de pessoa que viveu uma grande noite. Parece que teve vergonha da realidade e preferiu mentir.<br />
<br />
________________________________<br />
<br />
Machado é o cara mesmo, hem...<br />
Sacou a parada? <br />
Deolindo começa falando a verdade... Diz a verdade sempre. <br />
Genoveva, começa mentindo... Mentindo muito!<br />
Genoveva manipula, G., é fria. Muito seca.<br />
Deolindo, é romântico. D., é puro. É o verdadeiro amor.<br />
<br />
Quando Deolindo se vai, ele jura. Genoveva, também. "Juro por Deus que está no céu; a luz me falte na hora da morte."<br />
Mas G., mente. E Deolindo, cumpre.<br />
Genoveva mais uma vez tenta manipular, tentando dizer que D., poderia também não ter cumprido a promessa. Poderia ter também se esquecido dela: "E ele que tanto enchia a boca de fidelidade, tinha-se lembrado dela por onde andou?"<br />
Deolindo responde em atitudes: "<span style="font-family: Arial; font-size: x-small;">A resposta dele foi meter a mão no bolso e tirar o pacote que lhe trazia." </span><br />
<span style="font-family: Arial; font-size: x-small;">E ainda assim... Com toda a frieza de Genoveva, Deolindo tem fé de que ele consiga reconquistá-la: </span><br />
<span style="font-family: Arial; font-size: x-small;">— A que horas volta José Diogo?</span><br />
<span style="font-family: Arial; font-size: x-small;">— Não volta hoje.</span> <br />
— Não?<br />
(Tipo, se Genoveva traiu Deolindo após ter jurado... Imagina se ela não iria trair José D, se nem jurar, ela jurou... Sacou? Puts!)<br />
Mas agora, Genoveva era quem falava a verdade - sempre -.<br />
E quando Deolindo vaii se encontrar com os amigos, quem mente, é ele: "No dia seguinte, alguns dos companheiros bateram-lhe no ombro, cumprimentando-o pela noite de almirante, e pediram-lhe notícias de Genoveva, se estava mais bonita, se chorara muito na ausência, etc. Ele respondia a tudo com um sorriso satisfeito e discreto, um sorriso de pessoa que viveu uma grande noite. Parece que teve vergonha da realidade e preferiu mentir."<br />
Entendeu a inversão? Um começa mentindo e o outro dizendo a verdade. Depois, um diz a verdade e o outro mente. Nossa, não?!<br />
Agora olha o grande golpe de Machado de Assis:<br />
Deolindo e Genoveva, né fera?!<br />
Sabe quem são?<br />
Deolindo, velho, vem de Deus - o - lindo,<br />
e Genoveva, velho, vem de Eva - a que traiu em Gênesis.<br />
<br />
Agora me diz se isso é ou não de tirar o fôlego?!<br />
Ah ta. <br />
Obrigada!<br />
<br />
<br />
<br />
</div>tassihttp://www.blogger.com/profile/08921296930822767906noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7415942460954144792.post-17952956179516379522011-03-17T16:05:00.000-04:002011-03-17T16:05:56.258-04:00é cada coisa<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
eu realmente perco o ar. <br />
toda vez que. <br />
eu. <br />
toda vez que eu. <br />
aprendo. <br />
toda vez que eu aprendo. <br />
mais sobre. <br />
sobre. <br />
literatura. <br />
é. <br />
eu perco. <br />
eu perco o ar. <br />
toda a vez que eu aprendo mais sobre literatura eu perco o ar.<br />
Ufa! Consegui ao menos falar.</div>tassihttp://www.blogger.com/profile/08921296930822767906noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7415942460954144792.post-74049263873632735752011-03-16T14:51:00.002-04:002011-03-16T14:51:18.756-04:00Eu<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/FAGr4aIkuYE?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
</div>tassihttp://www.blogger.com/profile/08921296930822767906noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7415942460954144792.post-51243257637507532162011-03-14T16:02:00.000-04:002011-03-14T16:02:07.549-04:00Isso não podia<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Blogs são liberados no UP. rs <br />
Eu sempre entrava no pc aqui só pra olhar gabarito de questão e ler algumas coisas que tinha dúvida. Hoje vi testar o blog do Eliezer Brasil. E né que entrou?! Putz! rs<br />
Mas não. Não posso viciar outra vez. Meu primeiro simulado será em duas semanas. <br />
Cara, de todas as coisas... dos momentos que deixo de está fazendo uma coisa comum... o mais triste é almoçar longe do meu irmão.. não comer a comida da minha mãe e não ter um tempo pra dormir. Sei lá.. estamos no dia 14 de março e, bx, já tem tanta matéria que eu tenho que passar. Tanta coisa que eu tenho pra reolhar. <br />
Não. Eu não esperava que fosse assim.. Sabia que seria corrido e tudo mais... Mas assssssim? <br />
Eu tenho que está no UP às 6:00, mesmo tendo aula às 7:00. Porque corro risco de não sentar na frente, se chegar 6:10. E ter que ir direto pro Ormandão... sem um banho... o que é um banho na minha vida? Ta virando utopia. Meu camarada, sabe o caldo? rs Tá engrossando!</div>tassihttp://www.blogger.com/profile/08921296930822767906noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7415942460954144792.post-52186934732659820612011-02-12T14:44:00.000-04:002011-02-12T14:44:40.446-04:00Pára<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
que eu tenho Mariana em biologia, Fardin em matemática e mais um monte de professor "exemplo". Por favor, deixa eu crescer e ser assim? Obrigada!<br />
<br />
Não parei de viver, ok? Só não estou anotando tanto, assim.<br />
</div>tassihttp://www.blogger.com/profile/08921296930822767906noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7415942460954144792.post-27545982856961591362011-02-08T15:29:00.000-04:002011-02-08T15:29:50.915-04:00-<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<span class="status-body"><span class="status-content"><span class="entry-content">É procurar entender minha felicidade que já fico triste.</span></span></span><br />
<br />
<span class="status-body"><span class="status-content"><span class="entry-content">Sobre meu pessimismo romântico </span></span></span></div>tassihttp://www.blogger.com/profile/08921296930822767906noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7415942460954144792.post-91934145892954692822011-02-08T15:24:00.002-04:002011-02-08T15:24:28.055-04:00Tem que ser<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<span class="status-body"><span class="status-content"><span class="entry-content">Nunca conto a verdade facilmente, somente depois de pressão e ameaças. Valorizo minha confissão.</span></span></span></div>tassihttp://www.blogger.com/profile/08921296930822767906noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7415942460954144792.post-35662593933229905732011-02-08T15:11:00.000-04:002011-02-08T15:11:32.001-04:00Sobre minha nova vida<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Muitas pessoas. Muitas pessoas adultas. Muita bagunça. Muitas pessoas adultas bagunceiras.<br />
Primeira aula: Cleanderson. Agradeci a Deus. Conhecia o professor. E o melhor de tudo, é um excelente professor.<br />
Segunda aula: Marlene. Fiquei com medo. Mas ela não é tão assim, como pensei. Acho que vou ter que mudar meus pensamentos sobre. Amém.<br />
Terceira aula: Hugo. Professor novo. Gostei, gostei.<br />
Quarta aula: Miquelina. AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAMEI.<br />
Tirando os alunos, estudar à noite rs, é uma maravilha.</div>tassihttp://www.blogger.com/profile/08921296930822767906noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7415942460954144792.post-52878754474271662202011-02-07T09:02:00.001-04:002011-02-07T09:02:47.390-04:00Ainda bem<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<span class="status-body"><span class="status-content"><span class="entry-content">Não entender o que está sentindo é próprio de quem não está fingindo.</span></span></span></div>tassihttp://www.blogger.com/profile/08921296930822767906noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7415942460954144792.post-52859120391389554382011-02-07T08:52:00.000-04:002011-02-07T08:52:00.784-04:00Se não fosse quem é...<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<span style="color: blue;">T</span>: tô ficando sério com uma menina...<br />
<span style="color: magenta;">T</span>: mas e as outras? parou de ficar com elas??<br />
<span style="color: blue;">T</span>: não.. mas sério eu só estou ficando com uma...<br />
<span style="color: magenta;">T</span>: ah sim, claro... e não vai lá ver ela hoje?<br />
<span style="color: blue;">T</span>: não mesmo.<br />
<span style="color: magenta;">T</span>: eu hem...<br />
<span style="color: blue;">T</span>: tp, comecei a ficar sério, sabe... então não preciso está lá sempre pra dizer que é uma parada séria... tp assim, talvez ela queira ficar com roupa de dormir.. deitada no sofá vendo tv... descabelada... com o quarto bagunçado... essas coisas.. daí chega eu lá, pra atrapalhar isso. ela tem que mudar toda a rotina da sua noite... se ela quiser me ver em um dia diferente do finds, ela vai me ligar e se eu puder eu vou lá. eu é que não vou ser chatão e ficar lá agarrado. deixa a menina respirar... é bom que ela sente a falta.. (estilo: eu sou gostoso!)<br />
<span style="color: magenta;">T</span>: ah, se você não fosse meu irmão, gato...</div>tassihttp://www.blogger.com/profile/08921296930822767906noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7415942460954144792.post-31311299662225828922011-02-07T08:40:00.002-04:002011-02-07T08:40:33.836-04:00Agora sim<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
FELIIIIIIIIIZ DOIS MIL E ONZE!</div>tassihttp://www.blogger.com/profile/08921296930822767906noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7415942460954144792.post-19890898627079526782011-02-06T19:54:00.000-04:002011-02-06T19:54:23.219-04:00Eu tenho<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Caraca, todo mundo ligando, mandando e-mail pra avisar que passou na Ufes ou pra dizer que esse ano tem mais cursinho. NAAAAAAAAAAAAAAAO quero fazer cursinho mais de uma vez. Por mais que tenha um professor gatinho. comofaz? estuda até seu cérebro pedir para morar em outra casca? ok!</div>tassihttp://www.blogger.com/profile/08921296930822767906noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7415942460954144792.post-68851930585222458952011-02-06T19:20:00.000-04:002011-02-06T19:20:28.095-04:00Meu<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<span class="status-body"><span class="status-content"><span class="entry-content">No meu caso é preciso amar as pessoas como se houvesse amanhã.</span></span></span></div>tassihttp://www.blogger.com/profile/08921296930822767906noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7415942460954144792.post-33004266648935815422011-02-04T10:45:00.001-04:002011-02-04T10:45:48.818-04:00<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<span class="status-body"><span class="status-content"><span class="entry-content">faço bem-me-quer mal-me-quer com cactus, porque sei que no final vou me machucar mesmo.</span></span></span></div>tassihttp://www.blogger.com/profile/08921296930822767906noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7415942460954144792.post-48320280074506981212011-01-31T10:47:00.000-04:002011-01-31T10:47:24.221-04:001verdade:<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
não tenho material escolar ainda. era bem mais legal quando eu tinha 10 anos. chorava para ir comprar com meus pais. agora estou chorando pra que meus pais comprem pra mim. sem minha presença. beijos.</div>tassihttp://www.blogger.com/profile/08921296930822767906noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7415942460954144792.post-39166695429187460732011-01-30T08:42:00.001-04:002011-01-30T08:51:12.100-04:00Relembrar é viver:<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="listp">
programa do hugo, o fantástico mundo de bob, <u>bananas de pijamas</u>,
tv colosso, <u>spice girls</u>, xuxa parque, <u>danoninho</u>, <u>sucrilhos</u>, <u>toddynho</u>, <u>yakult</u>,
punky, <u>queimado na rua</u>, <u>amarelinha</u>, <u>turma da mônica</u>, <u>power rangers</u>, mamonas
assassinas, <u>com quem será</u>, <u>lego</u>, <u>adedonha</u>, tetris, <u>sandy e junior</u>, <u>polaroid</u>,
<u>eliana</u>, <u>revista recreio</u>, <u>passa ou repassa</u>, vinil, pistas de blue, <u>kenan &
kell</u>, sua mãe trabalha com roupas?, disney club, <u>chiquititas</u>, <u>ursinhos
carinhosos</u>, <u>nescau ceral</u>, nós somos quatro,<u> pokemon</u>, <u>digimon</u>, bambuluá, fada
bela, pac-man, <u>tartarugas ninjas</u>, <u>tamagochi</u>, <u>barbie</u>, <u>susi</u>, <u>pateta e max</u>, <u>klb</u>, <u>o
diário de daniela</u>, <u>amigos para sempre</u>, <u>negativos de fotos</u>, hora do recreio,
<u>kinder ovo</u>, <u>estalinhos</u>, bsb, <u>reais de brinquedo</u>, <u>bolhas de sabão no pote</u>, <u>ioiô</u>,
<u>chiclete com anel</u>, <u>dinheiro de chocolate</u>, <u>pirocóptero</u>, <u>geleca</u>, macarena, <u>tazos</u>,
<u>bolas de plástico</u>, <u>bambolê</u>, luz clarita, <u>sabrina aprendiz de feiticeira</u>, <u>foffys</u>,
hanson, <u>disk mtv</u>, <u>doug</u>, cavalo de fogo, <u>tortuguita</u>, fl kids, <u>jardim secreto</u>,
<u>caverna do dragão</u>, tandy, <u>gibis</u>.</div>
</div>tassihttp://www.blogger.com/profile/08921296930822767906noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7415942460954144792.post-14022784917506344172011-01-30T07:42:00.001-04:002011-01-30T07:43:16.598-04:00Tálmaro em: frases escolares<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
"Cara, quando vou ter férias?" - Tálmaro, as aulas nem começaram!<br />
"Pai, eu vou estudar... Tá sabendo né? Então! Preciso de um auxílio estudante. Ou pelo menos um vale; que é pra bancar os lanches no recreio, sabe?!" - Tálmaro, não vou nem te dizer nada!<br />
- Tálmaro estava estudando triângulos, comigo. "Vou chegar na mina perguntando: aê, qual o tamanho do seu triângulo? Não sabe? Pô, to aprendendo a calcular... Se quiser, tamo aê!" <br />
- E depois, Tálmaro quis relembrar potência. "Mais uma! Mais uma: aê mina, qual a sua potência?"<br />
<br />
Oi. Às vezes eu tenho pena das mina. Beijo.</div>tassihttp://www.blogger.com/profile/08921296930822767906noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7415942460954144792.post-68554183148147564172011-01-29T10:00:00.000-04:002011-01-29T10:00:02.582-04:00Oi.<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Querido futuro namorado,<br />
eu estou aqui hoje pra escrever para você. Na verdade, nas últimas semanas eu venho falando muito de você, sabe... Eu sei que você já existe e isso me conforta muito.<br />
Olha, você não será meu primeiro namorado. E eu queria que você soubesse que eu sou meio complicada. (tipo, eu sei que a gente nunca deve falar isso na primeira vez que a gente se encontra com alguém. Minha mãe diz que a gente NUNCA deve falar isso. Que com certeza, eles irão perceber! rs mas eu sou assim, meio que de trás pra frente.) Não sou esse tipo de menina que corre atrás, que liga 9 vezes na parte da manhã e 20 na parte da noite. Na verdade, poucas vezes você verá uma chamada minha no seu celular. Tá. Talvez você ache um relaxo da minha parte... mas eu quero te explicar que não! não é relaxo!! É que eu odeio rotina. Eu odeio não sentir saudade. Eu odeio saber que você está ali, toda hora, sempre. Eu preciso sentir uma coisa boa, sabe... de você passar um dia todo sem ver alguém; sem falar... e a noite, você tomar aquele banho e descer pra esperar o tal. E ele chegar. E a gente se abraçar e eu dizer: meu querido, que saudade de você! O que eu mais desejo, Futuro namorado, é sair com você e te perguntar como foi seu dia no trabalho e você querer saber como foi meu dia também. E isso seria meio que impossível se eu te ligasse sempre. Entendeu? Mas saiba... provavelmente eu estarei pensando em você, em alguns momentos. Não em todos, mas em alguns bons momentos. Eu também, Futuro namorado, não sou assim tão romântica. Na verdade, eu, no meu primeiro relacionamento, fui o homem da relação. E isso implica em você não dizer sempre que ama. De você falar: cara, qual é a sua?? Acorda pra vida!!! Em você ter que decidir muitas coisas... Em você dizer: NÃÃO. Eu não vou e ponto. Talvez, as meninas românticas não façam isso (não sei. Nunca pude ser assim!) com medo da reação de seus namorados... Com medo de demonstrar o que realmente sentem e querem. Futuro namorado, eu não sou assim. Pelo menos nunca fui. Não sei se serei assim com você. Mas eu peço a Deus que não mude muito. Eu também, Futuro namorado, demorarei um pouco a dizer "eu te amo". Mas você pode ter certeza de que quando você ouvir isso da minha boca, será minha alma dizendo. E se a gente namorar por muito tempo e você nunca ouvir isso de mim... Pode ter certeza que nosso namoro vai acabar em alguns dias. Porque se há tanto tempo estamos juntos... E eu nunca te disse eu te amo, eu só estou esperando o momento certo, se é que isso existe, pra dizer: eu não te amo e fim. <br />
Futuro namorado, eu também sofro de tpm. Mas eu peço a você paciência. Assim como eu relevarei as vezes que você chegar atrasado, assim como eu relevarei as vezes em que você esquecerá os aniversários importantes da família... Assim como eu vou relevar aquele seu amigo galinha. Futuro namorado, eu não sou uma louca, nessa época. Mas eu mudo e bastante. Peço que você me entenda. E te peço uma coisa também, não me pergunte se eu estou na tpm, quando estiver mudada. COM CERTEZA eu estarei. E eu vou odiaaar te responder isso. Isso só demonstrará que você não me conhece! E ai sim, eu vou realmente me estressar.<br />
Futuro namorado, eu quero te dizer que eu tenho dois irmãos. Mas um, é meu xodó. Então, por favor, olha o que você vai dizer dele, pra mim. Olha como você vai tratá-lo, na minha frente. Porque você pode ter certeza de uma coisa: eu vou sempre ficar do lado dele. E se ele estiver errado, não espere que eu o condene. Não na sua frente. Eu vou com certeza, na sua frente, não dizer nada. Absolutamente nada. E não me estresse por isso. Eu amo o meu irmão. Tive o amor dele, antes do seu. Não posso mudar muita coisa.<br />
E por fim, Futuro namorado, leia jornal! Conheça mais o mundo. Ou pelo menos, o que acontece no mundo. Pra que quando a gente estiver numa pizzaria, a gente não precise falar da vida dos outros, só por não ter outro motivo. E Futuro namorado, me respeite! Não peça pra que eu prove meu amor por você, daquele jeito. Provavelmente, eu darei a ti um tapa na cara e terminarei com você. Assim como já fiz.<br />
E Futuro namorado, eu quero mesmo te ter. Pra que quando eu ouvir: Faça um pedido! Me venha você no pensamento. <br />
<br />Com carinho, Tássila.</div>tassihttp://www.blogger.com/profile/08921296930822767906noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7415942460954144792.post-8223563607000917712011-01-28T07:21:00.000-04:002011-01-28T07:21:32.932-04:00A gata, chegando no Tálmaro<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
- Aí gato, que parada você curte?<br />
- Eu sei qual parada eu não curto!<br />
- E qual é?<br />
- A cardíaca!<br />
<br />
Não posso comentar. Me falta arrr neste momento. Amém!</div>tassihttp://www.blogger.com/profile/08921296930822767906noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7415942460954144792.post-16001735982782625372011-01-28T07:18:00.000-04:002011-01-28T07:18:51.427-04:00A ordem das coisas<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
No cartório está descrito<br />Marcado no concreto do escrito:<br />Nascimento,
casamento, Morte.<br /><br />Ora mas que sorte!<br />A ordem das coisas<br />já fixou
seu norte?<br /><br />Nascer, crescer, envelhecer...<br />E se quiser rebubinar a
fita?<br />A vida, uma linha torta,<br />embolada, infinita,<br />que importa?!<br />É
de deixar aflita!<br />Começar morta,<br />se já antecipam a escrita.<br /><br />Deixem
o acaso escrever.<br />Amar, nascer, envelhecer e casar<br />antes do encontro, e
ter um caso,<br />um filho e um nome,<br />um brilho no olho do homem.<br /><br />Que
delícia o vai e vem!<br />Saber logo na saída<br />qual era o fluxo do
trem.<br /><br />Afinal aquela escala,<br />sistema métrico de história<br />veio de
quem?<br />qual memória?<br /><br />que delícia a desordem!<br />os incomodados<br />que
se mudem.<br />
<br />
Ju Bessler.<br />
</div>tassihttp://www.blogger.com/profile/08921296930822767906noreply@blogger.com1